quarta-feira, 11 de setembro de 2019

FLAVIO BOLSONARO É CHAMADO DE TRAIDOR DA LAVA JATO - SENADOR DO PSL NÃO ASSINOU E "JOGOU" CONTRA A CPI DA LAVA-TOGA

A POPULARIDADE E A BLINDAGEM DE BOLSONARISTAS SE ESFARELA DE FORMA ACELERADA


Do: EL PAÍS / MSN
Acusado de ser “traidor da Lava Jato”, Flávio irrita até bolsonaristas fiéis
Afonso Benites 



Nos últimos dias, algo incomum ocorreu entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em seus influentes grupos no mundo virtual, especialmente no WhatsApp, até então era raro, para não dizer impossível, encontrar críticas contra o mandatário ou em desfavor de qualquer um de seus três filhos políticos: o senador Flávio, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos. 

Bastou, porém, uma articulação tida como nebulosa de Flávio Bolsonaro contra a CPI da Lava Toga, uma tentativa dos parlamentares de investigar a cúpula do Judiciário, para essa blindagem ser superada. Desde a noite de segunda-feira, é comum encontrar memes e reclamações nas redes sociais contra o filho mais velho do presidente, apelidado por ele de zero um.

Enquanto Bolsonaro se recupera de sua quarta cirurgia em um hospital de São Paulo, o senador Flávio surgiu como um dos principais articuladores para impedir a instalação da comissão destinada a investigar os ministros das cortes superiores, como Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça —o que ele nega veementemente. Para se criar a CPI, que seus defensores dizem ser necessária para seguir o trabalho contra a corrupção da Lava Jato e impedir retrocessos na operação, são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Esse quórum foi alcançado na semana passada. 

Mas, na tarde de segunda-feira, Maria do Carmo Alves (DEM-SE) desistiu de apoiar a medida. Oficialmente, ela alegou que o seu partido estava concentrado em dar sustentação às reformas econômicas e que este “não é o momento de enfraquecimento das instituições democráticas”. Nos bastidores, porém, o EL PAÍS apurou que foi Flávio Bolsonaro o primeiro que lhe pediu para retirar a candidatura.

Essa é a terceira vez que se tenta instalar a CPI da Lava Toga. Nas outras duas ocasiões, também houve retirada de assinaturas no último minuto e o engavetamento por parte de Alcolumbre. A ambiguidade do Planalto e de seu PSL sempre esteve presente. De um lado, estava o alinhamento aos "lavajatistas" e o apoio tácito ao bolsonarismo mais radical que criticava o Supremo. Do outro, estava um Governo recém-instalado que não teria vantagens com mais ruído no Congresso com uma CPI, muito menos uma que comprava briga direta com a cúpula do Judiciário. Agora, ganhou corpo o papel do filho mais velho do presidente, que pivô de um escândalo, tampouco quer se indispor com os magistrados mais poderosos do país. 

Há um processo na Justiça estadual do Rio de Janeiro que apura se Flávio, enquanto foi deputado estadual, recebia parte dos salários de seus servidores comissionados de volta, num esquema batizado de “rachadinha”. Esse é o caso que envolve o ex-policial e ex-motorista dele, Fabrício Queiroz, suspeito de ser laranja do parlamentar. O procedimento está paralisado por uma decisão do ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do STF.

NOTA DO BLOG
LEIA AQUI A ÍNTEGRA DESSA COMPLICADA TRAMA, ENVOLVENDO DIVERSOS INTERESSES , ALGUNS DELES COM CARACTERÍSTICAS BASTANTE SUGESTIVAS DE QUE EXISTE UMA NECESSIDADE COMUM DE ABAFAR INVESTIGAÇÕES E IMPEDIR O ANDAMENTO DE PROCESSOS, CPIs, ...

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